Da Agência
Lusa. Fonte e fotos: Agência Brasil
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação Itinerante do Blog MUSIBOL)
A conclusão está no estudo Uma Verdade Universal: Não Há Saúde sem Profissionais, divulgado pela OMS durante o terceiro Fórum Global sobre os Recursos Humanos da Saúde, que reúne mais de 1.300 participantes de 85 países, incluindo 40 ministros da Saúde.
O estudo alerta que faltam, atualmente, 7,2 milhões de profissionais de saúde em todo o mundo e que o déficit subirá para 12,9 milhões até 2035, com graves implicações para milhões de pessoas.
No documento, a OMS apresenta os perfis de 36 países,
incluindo o Brasil, que segundo os dados disponíveis tem 2.523 parteiras,
1.243.804 enfermeiros e 341.849 médicos, o que resulta em 1.588.176
profissionais de saúde qualificados, ou seja, 81,4 por 10 mil habitantes.
Entre os 186 países com informações disponíveis, apenas 68
(36,6%), incluindo o Brasil, atingem ou ultrapassam todas as metas definidas,
revela a agência das Nações Unidas para a saúde.
O estudo indica que 83 países, ou seja 44,6%, ainda não
atingiram sequer o patamar mínimo definido pelo Relatório Mundial de Saúde de
2006, que prevê 22,8 profissionais de saúde qualificados por cada 10.000
habitantes.
Outros 17 países (9,1%) ultrapassam o patamar mínimo, mas não
atingem essa meta da Organização Internacional de Trabalho, que aponta para
34,5 profissionais de saúde qualificados por 10.000 habitantes. Há, ainda, 18
países (9,7%) que atingem esta meta, mas não o patamar dos 59,4 profissionais
para 10.000 cidadãos.
No perfil relativo ao Brasil, a OMS ressalta que há grandes
disparidades geográficas no acesso a profissionais de saúde, e exemplifica que
embora a média nacional seja 17,6 médicos por 10 mil habitantes, a densidade
varia entre 40,9 por 10 mil no Rio de Janeiro e 7,1 no Maranhão.
A organização destaca que o país tem investimentos e
estratégias em curso para abordar a questão das disparidades e lembra que o
Ministério da Saúde lançou, em junho, o Programa Mais Médicos, para recrutar
clínicos dentro e fora do país e preencher vagas nas regiões mais carentes em
atenção básica de saúde.
Pelo programa, já foram contratados 6,6 mil médicos que
fizeram a sua formação em universidades estrangeiras, número que o governo
estima aumentar para 12.996 até março de 2014. Um total de 50 médicos formados
em universidades portuguesas - 18 dos quais de nacionalidade portuguesa - foram
recrutados pelo Mais Médicos.






0 comentários:
Postar um comentário