Por: Mariana Jungmann. Fonte e fotos: Agência
Brasil
Outra emenda do líder oposicionista que foi acatada estabelece que as
emissoras de rádio e televisão terão prazo até o dia 10 de cada mês para
repassar ao Ecad a lista com as músicas que foram utilizadas no período, o que
deve facilitar a cobrança e a fiscalização sobre o repasse dos recursos.
Salvador, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
Diante de muitos músicos de fama nacional, o plenário do Senado aprovou
hoje (3) a proposta de emenda à Constituição (PEC) que define as condições de
arrecadação e distribuição de direitos autorais de obras musicais. Conhecida
como PEC do Ecad, a matéria altera a maneira como o Escritório Central de
Arrecadação de Direitos Autorais (Ecad) repassará os direitos dos músicos e
estabelece formas de fiscalização da arrecadação desses direitos.
Pela proposta aprovada, o Ecad passa a ser fiscalizado por um órgão
específico e precisa prestar informações precisas sobre a distribuição dos
recursos. O relator, senador Humberto Costa (PT-PE), acatou emenda do líder do
PSDB, senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), que estabelece que o órgão
fiscalizador deverá ser ligado à administração pública, mas não necessariamente
ao Ministério da Cultura.
O projeto também estabelece a redução da atual taxa administrativa
cobrada pelo escritório de 25% para 15%, garantindo que os autores recebam 85%
de tudo o que for arrecadado pelo uso das obras artísticas.
Outra mudança que a proposta faz é em relação aos créditos retidos
quando o Ecad não identifica os autores da obra. Pelo texto, essas arrecadações
só podem ficar retidas durante cinco anos e, depois, precisam ser distribuídas
proporcionalmente pelos detentores de direitos. A mudança evita que o dinheiro seja
usado para equilíbrio de finanças ou pagamento de prêmios, por exemplo.
O projeto foi proposto após a apresentação do relatório final da
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ecad, que funcionou no Senado no ano
passado. Hoje um grupo de cerca de 20 artistas, que incluía nomes como Caetano
Veloso, Erasmo Carlos, Roberto Carlos, Lenine e Carlinhos Brown, acompanhou as
negociações para a votação e alguns deles tiveram reuniões com o presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e com a presidenta Dilma Rousseff. Eles foram
acompanhados pela ministra da Cultura, Marta Suplicy, e depois assistiram à
sessão de votação da PEC.
As alterações, no entanto, ainda não estão valendo. A PEC precisa passar
pela Câmara dos Deputados, onde será votada em dois turnos. Se receber
alterações, a matéria precisará voltar ao Senado para última análise antes de
seguir para promulgação.
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