Por: Carolina Gonçalves. Fonte: Agência Brasil
Fotos: tiodentista.com.br/
doutissima.com.br / 1.bp.blogspot.com
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
A obrigatoriedade de os hospitais e maternidades fazerem o
“teste da linguinha” para conferir se a criança tem a chamada língua presa
depende agora da decisão de senadores. Deputados da Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara aprovaram há pouco a proposta de lei que
torna o procedimento obrigatório.
O teste avalia o frênulo ou membrana da língua de bebês e
recém-nascidos para verificar se existe qualquer problema, como um
encurtamento, que possa dificultar a amamentação ou, posteriormente, a fala. O
autor da proposta, deputado Onofre Santo Agostini (PSD-SC), explicou que o
diagnóstico dessas alterações pode evitar consequências mais graves no
desenvolvimento das crianças.
“O frênulo é uma pequena prega de membrana mucosa que conecta
a língua ao assoalho da boca e que possibilita ou [em caso de problema]
interfere na livre movimentação da língua dos bebês, causando o desmame precoce
e baixo ganho de peso, comprometendo, dessa forma, o desenvolvimento dos
bebês”, justificou.
Agostini lembrou que o comprometimento da movimentação da
língua e das funções orais afetam a deglutição e podem prejudicar, depois, a
mastigação e a fala.
O projeto original (PL 4.832/12),apresentado em 2012, foi
apensado a outra proposta (PL 5.146/13), do deputado Ricardo Izar (PSD-SP), e
foi transformado em substitutivo na Comissão de Seguridade Social e Família.
Mas, em todos os textos, os autores defenderam que a obrigatoriedade do teste é
um avanço, por abrir possibilidade de se detectar alguns problemas.
A relatora na Comissão de Seguridade, deputada Nilda Gondim
(PMDB-PB), retirou do texto a obrigatoriedade de o SUS oferecer a cirurgia para
correção do problema. Para ela, o
serviço não precisa ser obrigatório no serviço público.
O relator da proposta na CCJ, deputado Heuler Cruvinel
(PSD-GO), acatou todas as posições e conseguiu a aprovação do colegiado. A
matéria segue para a análise do Senado, caso não seja apresentado recurso para
que a proposta seja discutida em plenário.
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