Por: Mariana Tokarnia. Fonte: Ibahia
Fotos: racismoambiental.net.br / dadecerta.com.br
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação Itinerante do Blog
MUSIBOL)
Em comemoração ao Dia Nacional de
Mobilização Pró-Saúde da População Negra, a ser celebrado no domingo (27), a
Secretaria de Estado de Saúde lançou ontem (25) a campanha de combate ao
racismo e preconceito no Sistema Único de Saúde (SUS). A ação, que tem o apoio
do Comitê Técnico Estadual de Saúde da População Negra, ocorreu na Unidade de
Pronto-Atendimento (UPA) de Copacabana, zona sul do Rio. Dezenas de 70 pessoas,
entre profissionais de saúde, usuários da unidade e representantes de diversas
secretarias estaduais e municipais, participaram do evento.
Segundo Carina Pacheco, assessora
técnica de Gestão Estratégica e Participativa da Secretaria de Saúde, a ação
abriu pequenos debates sobre o tema entre os convidados. Cartilhas e cartazes
explicitando diversos tipos de preconceito foram distribuídas ao público.
”O objetivo da ação é enfrentar
qualquer tipo de preconceito, seja ele racial, religioso ou sexual nas unidades
de Saúde do estado. A ideia foi fazer uma campanha ampla, abordando o
preconceito como um todo. Colocamos cartazes com transexuais e pessoas com
vestimenta de religiões africanas para explicitar esse nosso desejo. A proposta
é promover mudanças de comportamento nos profissionais de saúde, levando a uma
sensibilização sobre esse tema. Ele [o preconceito] deve ser combatido por meio
de políticas de saúde pública que garantam um atendimento mais igualitário no
SUS", disse.
De acordo com dados do Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cerca de 80% dos atendimentos e
internações de pacientes negros no Brasil se concentram no SUS. O baixo índice
de assistência à população negra também é explícito na porcentagem de mulheres
negras de 25 anos ou mais que nunca fizeram exames de mama na vida: 46,3%, contra
28,7% de mulheres brancas.
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