Fonte: Correio 24horas
Fotos: i0.statig.com.br / m1.tnonline.com.br
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação Itinerante do Blog
MUSIBOL)
Com apoio quase unânime dos
senadores, projeto de lei segue para sanção da presidente Dilma Rousseff
Após uma intensa pressão nos
bastidores, o projeto de lei complementar que define novas regras para a
criação de municípios foi aprovado pelo Senado. A proposta abre a possibilidade
de criação de pelo menos novos 180 municípios, que poderão se juntar às atuais
5.578 prefeituras e Câmara de Vereadores existentes no país.
Já analisada pela Câmara dos
Deputados, após ter tido um apoio quase unânime dos senadores, a matéria segue
agora para sanção da presidente Dilma Rousseff. A proposta não define o valor a
ser gasto para a adoção das novas estruturas administrativas, que vão abrigar
prefeitos, vereadores e servidores municipais. Estimativas não oficiais,
contudo, apontam cerca de R$ 9 bilhões em novos gastos.
Isso tem preocupado o Palácio do
Planalto, segundo admitem, reservadamente, parlamentares governistas. O Executivo
não tentou barrar a proposta, já de olho nas eleições de 2014 e na necessidade
de agradar as bases. A votação às vésperas do ano eleitoral também influenciou
o posicionamento dos senadores. Apenas o tucano Aloysio Nunes (SP), líder do
partido na Casa, se declarou abertamente contra a proposta.
“Hoje há um número de municípios
que já estão com seus limites de gastos absolutamente ultrapassados. Portanto,
a situação do país não é a melhor nesse momento. Em outras circunstâncias de
temperatura e pressão, poderia ser aceito”, disse. Ciente da falta de consenso
na bancada, ele não orientou os senadores do partido a votar contra, liberando
a votação.
Embora não tenha se manifestado
contra a proposta, o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), disse que o
Senado vai arcar com o ônus de ter facilitado a “proliferação de municípios”.
Inácio Arruda (PCdoB-CE) disse que a proposta cria regras mais rígidas para
quem tem condições de se emancipar. “Quem quiser fazer leitura equivocada, que
faça.”
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