Por: Mariana Branco. Fonte: Agência Brasil.
Fotos: fazendabonito.com / Ag.
Brasil.
Salvador, BA (da redação Itinerante
do Blog MUSIBOL)
Maior produtor mundial de café, o Brasil sedia de hoje (9) a sexta-feira
(13) a Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte. A escolha da cidade
deve-se ao fato de Minas Gerais concentrar a maior produção do grão no país,
sendo responsável anualmente por mais de 50% do total colhido. Durante os cinco
dias, 200 delegados da Organização Internacional do Café (OIC) representando 77
países discutirão os rumos da cafeicultura. Haverá ainda premiações e rodadas
de negócios, com previsão de movimentação de R$ 20 milhões na feira e R$ 30
milhões indiretamente.
Um dos temas em pauta ao longo da semana será a crise dos preços do
café, que afeta tanto o mercado internacional quanto o doméstico. “Vamos
apresentar números para discutir com todos os países-membros e teremos uma
conferência de imprensa na quinta-feira [12]”, explica Robério Silva, diretor
executivo da OIC, organização intergovernamental que reúne os principais países
produtores e importadores de café. O organismo, que tem sede em Londres, fará
reunião comemorativa de 50 anos durante a Semana Internacional do Café
Na avaliação de Silva, o temor do mercado sobre o risco representado por
safras volumosas não procede. “São expectativas de que você possa ter safras
maiores no futuro e que não tenha consumo. Mas o café passou ao largo dessa crise
[econômica global]. As pessoas continuam consumindo”, ressalta. Quanto às
dificuldades dos produtores brasileiros, que se queixam do custo de produção
superior ao preço mínimo, atualmente em R$ 307, o diretor executivo diz que é
preciso aguardar os resultados dos leilões do governo. Uma portaria publicada
na última sexta-feira (6) no Diário Oficial da União estabeleceu os parâmetros
para venda de 3 milhões de sacas a R$ 343 cada.
O deputado Silas Brasileiro (PMDB-MG), presidente do Conselho Nacional
do Café (CNC) e que participará das atividades da Semana Internacional do Café,
acredita que a oficialização dos leilões, em que o governo adquire sacas de
cafés pelo preço estipulado, ajudará na reação dos preços.“O aviso [sobre os
leilões] já é coisa definida, não é especulação. Há também a questão dos
agentes financeiros. Mais 16 bancos assinaram contrato com o Funcafé [Fundo de
Defesa da Economia Cafeeira, criado por lei e destinado ao incentivo e
financiamento da cafeicultura]. À medida que os recursos são passados aos
produtores, evita-se o excesso de oferta”, destaca.
A Semana Internacional do Café é promovida pelo governo de Minas Gerais,
pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg),
pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), pela
Organização Internacional do Café (OIC) e pelos ministérios da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento e o das Relações Exteriores. Segundo informações da
organização, são esperados 12 mil visitantes durante os cinco dias de feira.
0 comentários:
Postar um comentário