Por: Paulo Virgilio. Fonte: Agência Brasil.
Edição: Jorge Luiz da Silva
Laranjeiras, SE (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
A internet pode ampliar a difusão das novas composições da música
erudita brasileira. Em sua vigésima edição, a Bienal de Música Brasileira
Contemporânea da Fundação Nacional de Artes (Funarte), aberta na noite de hoje
(27), na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) está
disponibilizando pela primeira vez as obras na rede mundial. São 72 peças
inéditas, compostas especialmente por compositores de 13 estados, que serão
apresentadas em estreia mundial até o próximo dia 6 de outubro.
Entre as obras, 33 venceram o Prêmio Funarte de Composição Clássica
2012, que teve mais de 500 inscritos. As demais 39 foram encomendadas pela
instituição diretamente a compositores que já participaram da Bienal, como
Edino Krieger, Marlos Nobre, Ronaldo Miranda, Ricardo Tacuchian e Jorge
Antunes.
As imagens dos concertos serão captadas, editadas e depois exibidas no
hotsite da Bienal, a partir de novembro. De acordo com o coordenador de música
erudita da Funarte, Flávio Silva, a iniciativa é uma aposta para a expansão dos
horizontes da música contemporânea brasileira. “Vamos difundir as composições
em instituições musicais do Brasil e de todo mundo, fazendo essa comunicação em
inglês. A nossa aposta é um retorno significativo”, disse.
Até 5 de outubro, os concertos serão no Salão Leopoldo Miguez da Escola
de Música da UFRJ, às 19h (domingo às 17h), com ingressos a R$ 2. Nesta
sexta-feira, a abertura foi com o naipe de cordas da Orquestra Sinfônica da
UFRJ, regida por Cláudio Cruz. Os músicos interpretaram as obras encomendadas
Quê que a Gente Faz; Concertino para Violão, Orquestra de Cordas e Sons
Pré-Gravados, de Jorge Antunes; Sortilégios, de Marcos Lucas, e Bahia Concerto
2012, de Paulo Costa Lima, além das vencedoras do Prêmio Funarte Japiim nº7, de
Carlos dos Santos; A Estrada do Rio Morto, de Mario Ferraro, e Impropérios
Harmônicos em Palavras Afáveis, de Matheus Bitondi.
No dia 6, o concerto de encerramento será no Theatro Municipal, às 17h,
com a Orquestra Petrobras Sinfônica, regida por Roberto Duarte, que interpreta
seis obras, três encomendadas e três vencedoras do Prêmio Funarte de
Composição. “A bienal é um momento único
de encontro de compositores com o público em torno de obras musicais
recentemente criadas. As bienais são uma mostra generalizada, sem nenhuma
preocupação de definir estilos, correntes ou ideologias”, destacou Flávio
Silva.
Dos 73 compositores que apresentam suas obras no evento, 26 são do Rio
de Janeiro e 14 de São Paulo. Bahia e Paraná são representados por nove nomes
cada. Participam ainda quatro autores da Paraíba, dois de Mato Grosso, dois de
Minas Gerais, dois do Rio Grande do Sul. O Distrito Federal e os estados de
Goiás, do Rio Grande do Norte, do Ceará e de Santa Catarina têm um
representante cada.
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