Por: Wellton Máximo. Fonte: Agência Brasil.
Fotos: gazzeta.com.br / ogirassol.com.br / brasileconomico.ig.com.br
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
Os brasileiros sonegaram R$ 300 bilhões em tributos até agora em 2013. A
quantia supera a riqueza produzida pela maioria dos estados. Até o fim do ano,
o valor que deixa de chegar aos cofres públicos deverá atingir R$ 415 bilhões,
o equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB), soma dos bens e serviços
produzidos no país, estima o Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda
Nacional (Sinprofaz).
O Sinprofaz desenvolveu um placar online da sonegação fiscal no Brasil.
Chamada de Sonegômetro, a ferramenta permite acompanhar em tempo real o quanto
o país deixa de arrecadar todos os dias. Os números são atualizados
constantemente no endereço eletrônico www.sonegometro.com.
De acordo com o estudo, se não houvesse sonegação de impostos, o peso da
carga tributária poderia ser reduzido em até 20% e, ainda assim, o nível de
arrecadação seria mantido. A ação faz parte da campanha Quanto Custa o Brasil
pra Você?, criada pela entidade em 2009.
A contagem começou em 1º de janeiro. O valor sonegado até o momento é
superior à arrecadação do Imposto de Renda em 2011 (R$ 278,3 bilhões). Na
comparação com o PIB dos estados, a sonegação estaria em quarto lugar entre as
27 unidades da Federação.
Os R$ 300 bilhões que o governo deixou de receber até agora só estão
atrás do PIB de São Paulo (R$ 1,248 trilhão), do Rio de Janeiro (R$ 407
bilhões) e de Minas Gerais (R$ 351 bilhões). A quantia sonegada, informa o
Sinprofaz, equivale a mais do que a riqueza produzida pelo Rio Grande do Sul
(R$ 252,5 bilhões), pelo Paraná (R$ 217 bilhões) e pelo Distrito Federal (R$
150 bilhões).
Para chegar ao índice de sonegação, o levantamento do Sinprofaz
selecionou 13 tributos que correspondem a 87,4% da arrecadação tributária no
Brasil. Os principais tributos analisados foram os impostos de Renda (IR),
sobre Produtos Industrializados (IPI) e sobre Operações Financeiras (IOF), a
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), aContribuição
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e os impostos sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) e sobre Serviços (ISS).
O Sinprofaz também incluiu no estudo as contribuições dos empregadores
para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e os pagamentos de patrões
e empregados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
hoje (25), o Sinprofaz instalará um painel móvel em Brasília com os
números da sonegação. O placar circulará nas proximidades do Congresso
Nacional. O sindicato também promoverá a distribuição de materiais educativos.
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