Por: Vitor Abdala. Fonte: Agência Brasil.
Foto: i0.wp.com
Salvador, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
A entrada em operação de usinas termelétricas na Região Nordeste para
fornecer 1.100 megawatts (MW) extras e garantir a segurança do sistema elétrico
vai custar R$ 200 milhões ao contribuinte apenas neste mês. As usinas foram
ligadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) no último dia 5, depois do
blecaute, provocado por uma queimada, que atingiu a região no final de agosto.
A informação foi divulgada ontem (12) pelo diretor do Operador Nacional
do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp. O custo adicional deve-se ao fato de o
custo da energia termelétrica (a gás e a óleo) ser mais alto do que o de outras
fontes. A previsão é que as usinas sejam mantidas pelo menos até o final deste
mês.
“Nós propomos manter até setembro, porque este é um mês de maior
intensidade de queimada. Enquanto houver a possibilidade de foco de calor que
possa repetir um evento dessa natureza, a gente vai propor que se opere
suportando contingência dupla. Em termos de encargos, se for só o mês de
setembro, deve adicionar R$ 200 milhões a serem pagos pelo consumidor”, disse
Chipp.
O diretor do ONS também defendeu a expansão da contingência dupla (N-2)
para garantir uma maior segurança do sistema em caso de problemas no país. O
sistema hoje é de contingência única (N-1). O N-2 está sendo fase de
implantação em Brasília.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício
Tolmasquim, disse que a contingência dupla aumenta também os custos da
transmissão da energia elétrica. Por isso, é preciso avaliar onde é necessário
fazer isso. Há outras opções para aumentar a segurança do sistema, segundo ele,
como aumentar a possibilidade de isolar os problemas e evitar grandes efeitos
cascatas nos blecautes.
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