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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Trabalhadores dos Correios entram em greve em cinco estados

Por: Viviane Claudino. Fonte: redebrasilatual.com.br
Fotos: imagem.band.com.br / alagoastempo.com.br
Salvador, BA (da redação Itinerante do Blog MUSIBOL)


Funcionários representados por duas federações reivindicam aumento real de 6% e 15%. Empresa afirma que pauta de reivindicações tem custo anual que representa o dobro da receita

Em São Paulo, agências como a de Moema, na zona sul da capital, já ficaram fechadas hoje

Trabalhadores dos Correios iniciaram ontem (12) greve por tempo indeterminado nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia e Tocantins.
Os funcionários não aceitaram a proposta da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), de reajuste de 5,27%, sobre salários e benefícios, apresentada no dia 5.
O índice não cobre a inflação do período, medida em 7,13%, de agosto de 2012 a julho de 2013.

As negociações da categoria, com data-base em 1º de agosto, ocorrem entre representantes do Correios e duas federações (Findect e Fentect), que apresentaram reivindicações diferentes.
Os trabalhadores que iniciaram o movimento de paralisação na manhã de ontem são representados por sindicatos filiados à Findect (com exceção ao Rio Grande do Sul).
Eles reivindicam aumento real de 6%, vale-alimentação de R$ 35, cesta-alimentação de R$ 342, aumento na gratificação das funções dos motoristas e motoqueiros para R$ 400 (o valor atual é de R$ 246) e manutenção no plano de saúde, atualmente administrado pela própria empresa, entre outros.

Em entrevistal, o presidente do Sindicato das Empresas de Correios e Telégrafos do Rio, filiado à Findect, Marcos Sant'Aguida, afirma que, além de reivindicar melhores salários, a categoria tenta garantir uma melhoria nas condições de trabalho. "Queremos que tenha uma entrega ampla em todo o território nacional, mais trabalhadores, mais infraestrutura de transporte e mais atendimento ao público. Nós colocamos 62 itens na reunião com os Correios.”
Segundo a assessoria de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos de São Paulo, Grande São Paulo e Sorocaba, filiado à Findect, “os empregados não aceitam a alteração do convênio médico Correios Saúde, para a iniciativa privada, porque isso representa perdas para o trabalhador”.

Os servidores representados pelos sindicatos filiados à Fentect indicam paralisar as atividades a partir do dia 18. Eles reivindicam 15% de aumento real, reposição de perdas salariais no período de 1994-2002, calculadas em 20%, além de segurança nas agências, implementação de Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS), contratação de 10 mil funcionários, redução de jornada de trabalho dos atendentes para 6 horas, entre outros.


Em nota, os Correios informam que “impacto dos itens econômicos das entidades sindicais são impraticáveis.

A pauta da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect) tem custo anual de R$ 31,4 bilhões – quase o dobro da previsão de receita dos Correios para este ano ou o equivalente a 50 folhas mensais de pagamento da ECT.

No caso dos sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins, Rio Grande do Norte, Bauru e Rondônia (desfiliados da Fentect), o custo é de R$ 4,6 bilhões por ano - mais do que o custo de manutenção da rede de agências de todo Brasil em 2012”.

A empresa afirma ainda colocar em prática um plano especial para garantir a entrega de cartas e encomendas e o atendimento em toda rede de agências, com a “a realização de horas extras, mutirões para entrega nos fins de semana, deslocamento de empregados entre as unidades e contratações temporárias”.

Os Correios têm aproximadamente 122 mil trabalhadores em todo o país.

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