Por: Viviane Claudino. Fonte: redebrasilatual.com.br
Fotos: imagem.band.com.br / alagoastempo.com.br
Salvador, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
Funcionários representados por
duas federações reivindicam aumento real de 6% e 15%. Empresa afirma que pauta
de reivindicações tem custo anual que representa o dobro da receita
Em São Paulo, agências como a de
Moema, na zona sul da capital, já ficaram fechadas hoje
Trabalhadores dos Correios
iniciaram ontem (12) greve por tempo indeterminado nos estados de São Paulo,
Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia e Tocantins.
Os funcionários não aceitaram a
proposta da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), de reajuste de
5,27%, sobre salários e benefícios, apresentada no dia 5.
O índice não cobre a inflação do
período, medida em 7,13%, de agosto de 2012 a julho de 2013.
As negociações da categoria, com
data-base em 1º de agosto, ocorrem entre representantes do Correios e duas
federações (Findect e Fentect), que apresentaram reivindicações diferentes.
Os trabalhadores que iniciaram o
movimento de paralisação na manhã de ontem são representados por sindicatos
filiados à Findect (com exceção ao Rio Grande do Sul).
Eles reivindicam aumento real de
6%, vale-alimentação de R$ 35, cesta-alimentação de R$ 342, aumento na
gratificação das funções dos motoristas e motoqueiros para R$ 400 (o valor
atual é de R$ 246) e manutenção no plano de saúde, atualmente administrado pela
própria empresa, entre outros.
Em entrevistal, o
presidente do Sindicato das Empresas de Correios e Telégrafos do Rio, filiado à
Findect, Marcos Sant'Aguida, afirma que, além de reivindicar melhores salários,
a categoria tenta garantir uma melhoria nas condições de trabalho.
"Queremos que tenha uma entrega ampla em todo o território nacional, mais
trabalhadores, mais infraestrutura de transporte e mais atendimento ao público.
Nós colocamos 62 itens na reunião com os Correios.”
Segundo a assessoria de imprensa
do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos de São
Paulo, Grande São Paulo e Sorocaba, filiado à Findect, “os empregados não
aceitam a alteração do convênio médico Correios Saúde, para a iniciativa privada,
porque isso representa perdas para o trabalhador”.
Os servidores representados pelos
sindicatos filiados à Fentect indicam paralisar as atividades a partir do dia
18. Eles reivindicam 15% de aumento real, reposição de perdas salariais no
período de 1994-2002, calculadas em 20%, além de segurança nas agências,
implementação de Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS), contratação de 10
mil funcionários, redução de jornada de trabalho dos atendentes para 6 horas,
entre outros.
Em nota, os Correios informam que
“impacto dos itens econômicos das entidades sindicais são impraticáveis.
A
pauta da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect) tem custo
anual de R$ 31,4 bilhões – quase o dobro da previsão de receita dos Correios
para este ano ou o equivalente a 50 folhas mensais de pagamento da ECT.
No caso
dos sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins, Rio Grande do Norte,
Bauru e Rondônia (desfiliados da Fentect), o custo é de R$ 4,6 bilhões por ano
- mais do que o custo de manutenção da rede de agências de todo Brasil em
2012”.
A empresa afirma ainda colocar em
prática um plano especial para garantir a entrega de cartas e encomendas e o
atendimento em toda rede de agências, com a “a realização de horas extras,
mutirões para entrega nos fins de semana, deslocamento de empregados entre as
unidades e contratações temporárias”.
Os Correios têm aproximadamente
122 mil trabalhadores em todo o país.
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