Por: Monica Yanakiew. Fonte: Agência Brasil.
Fotos: envolverde.com.br / exportnews.com.br
Salvador, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
O Brasil quer cooperar com a Argentina na área defesa cibernética para
se proteger de espionagem eletrônica, disse o ministro da Defesa, Celso Amorim,
que chegou ontem (12) à capital argentina para uma visita de dois dias. O tema
adquiriu especial relevância a partir das denúncias de que tanto a presidenta
Dilma Rousseff como a Petrobras foram espionadas pela Agência de Segurança
Nacional dos Estados Unidos (NSA).
A informação sobre a espionagem foi divulgada pela imprensa com base em
documentos sigilosos revelados ao jornalista norte-americano Glenn Greenwald
por Edward Snowden, ex-consultor de informática de uma empresa que prestava
serviço à NSA.
Segundo Amorim, a defesa cibernética "é a mais importante área de
defesa no século 21", mas o Brasil ainda está "dando os primeiros
passos". Por isso quer discutir, com a Argentina, uma aliança.
"Queremos ter uma ação coordenada, conjunta com a Argentina”, disse o
ministro. Ele lembrou que a presidenta Dilma - além de cobrar explicações dos
Estados Unidos - pediu "interesse redobrado nas questões de defesa”.
Amorim teve um encontro nesta quinta-feira com a presidenta da
Argentina, Cristina Kirchner. hoje ainda (13), ele vai se reunir com chanceler
argentino, Hector Timerman, e o ministro da Defesa, Agustín Rossi.
O comandante do Centro de Defesa Cibernética do Exército, general José
Carlos dos Santos, também participará dos encontros. Pelo menos 100 políticos e
personalidades da Argentina também foram vítimas de espionagem eletrônica,
disse Timerman, na última reunião de presidentes do Mercado Comum do Sul
(Mercosul), em julho, no Uruguai.
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