Fonte e Foto:
Ibahia.
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação Itinerante do Blog
MUSIBOL)
“Censor, eu? Nem morta!”,
escreve o baiano em sua coluna no jornal 'O Globo'
Na primeira manifestação
pública desde o início da polêmica sobre a publicação de biografias não
autorizadas, Caetano Veloso, em sua
coluna na edição de ontem do jornal 'O Globo', afirma que a imprensa trata o
tema de modo “despropositado” e defende a posição dos artistas que lutam pela
exigência de autorização prévia para a comercialização dos livros.
“Censor, eu?
Nem morta!”, escreve o baiano, para quem “no cabo de guerra entre a liberdade
de expressão e o direito à privacidade, muito cuidado é pouco”.
Caetano diz ser a favor
de biografias não autorizadas de figuras como José Sarney ou Roberto Marinho.
Mas cita “perigo de proliferação de escândalos” como justificativas para uma atenção
maior ao direito de privacidade.
Ele defende uma espécie de caminho do meio e
chega a citar uma fala sua de 2007 na qual se coloca claramente contra a
exigência de autorização prévia por parte de biografados.
“Tenho dito a meus amigos
que os autores de biografias não podem ser desrespeitados em seus direitos de
informar e enriquecer a imagem que podemos ter da nossa sociedade.
Pesquisam,
trabalham e ganham bem menos do que nós (mas não nos esqueçamos das possibilidades
do audiovisual)”, escreve.
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