Por: Marcelo Brandão*. Fonte e fotos: Agência Brasil.
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
Ao desembarcar, na madrugada de hoje (2), em Brasília,
médicos cubanos disseram que o objetivo de sua vinda para o Brasil é
humanitária e que pretendem ajudar a melhorar a saúde da população. "Eu
acho que trabalhar nas áreas carentes é uma grande experiência para todos nós.
É muito lindo ajudar todo o povo que necessita de nossa ajuda, de nosso
trabalho", disse a médica Roxana Galliardo. "Minha expectativa é
ajudar o povo brasileiro a melhorar sua saúde. Tenho 20 anos de experiência e
já trabalhei em outros países, como a Venezuela e o Paraguai, em áreas muito
carentes", reforçou Ramon Flore.
Marcado para as 22h40 de ontem (1º), o desembarque de mais de
250 profissionais só ocorreu por volta da 1h. Um pequeno grupo aguardou os
médicos estrangeiros para dar-lhes boas-vindas, com bandeiras de Cuba e do PT.
A médica Lázara López também ressaltou que veio para contribuir. Chegando para
receber entre 40% e 50% do total do pagamento de R$ 10 mil repassado pelo
governo brasileiro, Lázara não faz comparações entre trabalhar em Cuba ou no
Brasil. "Não é questão de ser ou não vantajoso para nós. Nós só fazemos
isso por solidariedade".
Até o fim da semana, 2 mil médicos cubanos terão chegado ao
Brasil. Na segunda-feira (7), esses profissionais iniciarão um curso com
duração de três semanas, com aulas de saúde pública e língua portuguesa. Além
dos 2 mil cubanos, os 149 médicos com diploma do exterior que foram
selecionados para a segunda fase do Programa Mais Médicos iniciam o curso na
próxima segunda-feira. As aulas ocorrerão no Distrito Federal, em Fortaleza,
Vitória e Belo Horizonte. Em seguida, eles seguirão para os municípios em que
vão atuar.
Na primeira fase do Mais Médicos, 400 profissionais cubanos
chegaram ao Brasil e passaram por curso de formação e avaliação. A previsão do
Ministério da Saúde é trazer ao país, até o fim do ano, 4 mil médicos cubanos.
Esses profissionais vêm ao Brasil por meio de um acordo intermediado pela
Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e, por isso, não precisam passar pelo
Revalida (Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de
Educação Superior). Eles terão um registro provisório válido por três anos e
apenas para o local designado pelo programa.
*Colaborou Yara Aquino
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