Por: Stênio Ribeiro. Fonte: Agência Brasil.
Fotos: economiaemcontagotas.blog.br
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Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC)
inicia hoje (8) à tarde a penúltima reunião do ano para discutir se mantém o
processo de ajuste da política monetária, iniciado em abril, quando a taxa
básica de juros (Selic) estava em 7,25% ao ano – o nível mais baixo desde que o
colegiado de diretores do BC foi criado, em junho de 1996.
Os registros inflacionários nos primeiros meses do ano foram
determinantes, porém, para que o Copom elevasse a Selic, já naquele mês, para
7,5%. De lá para cá, foram mais três reuniões, com aumentos de 0,5 ponto
percentual cada uma, elevando a taxa para os atuais 9%. De acordo com
expectativas dos analistas financeiros, manifestadas no boletim Focus divulgado
ontem (7) pelo BC, o Copom deve ajustar a taxa em mais 0,5 ponto percentual,
amanhã (9).
O professor de economia da Universidade Mackenzie, Pedro Raffy
Vartanian, acha que além do reajuste para 9,5%, agora o ciclo de altas da taxa
Selic pode se prolongar por mais duas reuniões do Copom (dias 26 e 27 de
novembro e dias 7 e 8 de janeiro de 2014).
Segundo ele, a projeção se justifica porque o impacto da taxa
de câmbio na inflação deve se intensificar nos preços de produtos importados,
em novembro e dezembro. Além disso, “o próprio fato de a atividade econômica se
mostrar relativamente mais aquecida do que o esperado, deve aumentar os
repasses de custos para os preços”.
As reuniões do Copom ocorrem em intervalos de 45 dias, sempre
em duas etapas, para fixar a taxa média dos financiamentos diários dos títulos
federais, depositados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Por
extensão, a taxa básica de juros é conhecida também como taxa Selic.
Na primeira parte da reunião, às terças-feiras, os chefes de
departamento do BC apresentam análises da conjuntura doméstica sobre as
variáveis macroeconômicas, com foco na avaliação prospectiva das tendências de
inflação. Na segunda parte da reunião, às quartas-feiras, os diretores de
Política Monetária e de Política Econômica apresentam alternativas de taxa de
juros de curto prazo para deliberação dos demais diretores. Só o colegiado de
diretores tem direito a voto.
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