Fonte: Agência Brasil.
Fotos: brasildefato.com.br
/ brasiliamaranhao.files.wordpress.com
Edição: Jorge Luiz da Silva
Serrinha, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
Mais 255 médicos vindos de Cuba chegaram a Brasília para
trabalhar no Programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde. Eles desembarcaram
no Aeroporto Internacional de Brasília -
Juscelino Kubitschek por volta da
1h30 deste sábado (5) e fazem parte do grupo de 2 mil médicos cubanos que, até
este final de semana, terão chegado ao Brasil. Belo Horizonte ainda vai receber
mais 225 médicos amanhã (6), às 6h.
Nesta segunda-feira (7), esses profissionais iniciarão um
curso com duração de três semanas, com aulas de saúde pública e língua
portuguesa. As aulas ocorrerão no Distrito Federal, em Fortaleza, Vitória e
Belo Horizonte. Em seguida, eles seguirão para os municípios onde vão atuar.
Além dos profissionais cubanos, os 149 médicos com diploma do exterior que
foram selecionados para a segunda fase do programa iniciam o curso na próxima
segunda-feira.
A previsão do Ministério da Saúde é trazer ao país, até o fim
do ano, 4 mil médicos cubanos. Esses profissionais vêm ao Brasil por meio de um
acordo intermediado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e, por isso,
não precisam passar pelo Revalida (Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos
por Instituições de Educação Superior). Eles terão um registro provisório
válido por três anos apenas para o local designado pelo programa.
A chegada dos profissionais cubanos ao Brasil é marcada por
polêmicas. O Conselho Federal de Medicina (CFM) criticou a medida adotada pelo
governo federal. Para a entidade, a medida agride direitos individuais,
humanos, do trabalhador e ainda expõe a saúde da população a situações de
risco. "É uma irresponsabilidade trazer médicos de fora, sejam cubanos,
sejam brasileiro formados no exterior, sem a devida verificação da competência
técnica", avaliou Roberto d'Ávila, presidente do CFM.
Em agosto, a Associação Médica Brasileira (AMB) e o Conselho
Federal de Medicina (CFM) entraram com uma ação no Supremo Tribunal Federal
(STF) para suspender o programa. O ministro Marco Aurélio, convocou para
novembro uma audiência pública para debater o Programa Mais Médicos.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lamentou as ações que
tentam suspender o programa, mas demonstrou confiança na postura de sua pasta.
“O governo já ganhou todas as medidas judiciais. Temos muita segurança jurídica
do que estamos fazendo. Quem quiser pode fazer sugestões para aprimorar, agora
não venham ameaçar a saúde da nossa população que não tem médico. O que move o
Ministério da Saúde é levar médicos aonde a população não tem médicos”,
explicou.
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