Fonte: Agência Brasil.
Fotos: smabc.org.br /
img2.ne10.uol.com.br
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação
Itinerante do Blog MUSIBOL)
Petroleiros de todo o país iniciaram hoje (3), dia em que a
Petrobras comemora 60 anos, uma paralisação de 24 horas que atinge funcionários
nas plataformas, refinarias, nos terminais e escritórios da estatal e
subsidiárias. Os petroleiros reivindicam a suspensão imediata do leilão do
campo de Libra no pré-sal, previsto para o próximo dia 21. Além disso, são
contrários à terceirização de mão de obra e exigem reajuste no salário-base
que, segundo eles, não ocorre há 17 anos.
Está previsto para o início da tarde um ato dos petroleiros,
que seguirão em caminhada para a Cinelândia, no centro da cidade, em apoio a
greve dos professores da rede municipal. Mais tarde, os manifestantes vão se
concentrar na Praça XV, também na região central.
O protesto é organizado por movimentos sociais que integram a
campanha O Petróleo Tem Que Ser Nosso e pelo Sindicato dos Petroleiros do Rio
(Sindpetro-RJ). Há mais de dez dias, funcionários da Petrobras e representantes
de movimentos sociais estão acampados em frente ao edifício-sede da estatal, no
centro. Desde então, a Polícia Militar reforçou o efetivo em torno do edifício.
De acordo com o diretor da Federação Nacional dos
Petroleiros, Edson Munhoz, a categoria quer que a exploração e a produção de
petróleo sejam totalmente estatais e que os recursos sejam usados em benefício
da população. "Está ocorrendo um desinvestimento muito grande por parte da
Petrobras, que está vendendo ativos que considera menores e de baixa
lucratividade. Estamos em um momento de desmanche. Essa é uma das maiores
empresas do mundo e estamos muito preocupados com a entrega desse patrimônio,
que prejudica os trabalhadores e uma série de investimentos no país. Vamos
entrar na Justiça para impedir a realização desse leilão e, se preciso, vamos
entrar fisicamente para impedir que esse leilão ocorra" disse Munhoz.
Ainda de acordo com o diretor, a greve não deverá atingir a
produção de petróleo das plataformas, embora possa comprometer o fluxo dos
terminais. "Em algumas unidades de extração de petróleo e de destilação, a
gente tem condições de paralisar. Aqui nos edifícios administrativos é mais complicado,
até pela presença da direção da empresa. Alguns terminais e plataformas estão
paralisados, mas nós sabemos que se trata de uma luta muito grande.
Infelizmente, nem todos os trabalhadores compreenderam a importância dessas
reivindicações", concluiu.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou que
apresentou uma pauta de reivindicações à Petrobras, em 6 de agosto, mas que a
empresa ainda não se manifestou.
Em nota, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) disse que
"o leilão do Campo de Libra está de acordo com as leis. A realização da
primeira rodada do pré-sal pela ANP atende à Resolução 4, de 2013, do Conselho
Nacional de Política Energética".
Até o fechamento desta matéria, a Petrobras não havia se
pronunciado sobre o assunto.
0 comentários:
Postar um comentário